domingo, 11 de dezembro de 2011

FH EUCALIPTO: Um avanço na eucaliptocultura                                                             fonte: HERINGER

É resultado de pesquisas experimentais realizadas por empresas ligadas ao reflorestamento de eucalipto, consistindo assim num combinado de matérias-primas com teores ideais e mais adequados ao plantio dessa cultura na fase inicial do seu desenvolvimento. As características principais do produto são as seguintes:

 (1) Nos antigos plantios com enxadão, o tradicional NPK 6:30:6 era cuidadosamente depositado no fundo da cova de dimensões mínimas de 30x30x30 cm, pois não podia ter contato direto com as raízes das mudas nos primeiros dias de campo, sob riscos de “queimar” o sistema radicular dessas. Com o advento das motocoveadoras , cujo princípio de funcionamento torna inevitável a mistura do adubo com a terra, essa primeira adubação passou a ser feita em covetas laterais próximas às mudas, como uma operação adicional que afetava os custos do plantio. O que levou a um retrocesso das técnicas de plantio, pois muitos plantadores optaram por voltar ao “velho enxadão” com sua conhecida vulnerabilidade quanto ao controle de qualidade do coveamento. Os níveis de nitrogênio, fósforo e potássio do FH EUCALIPTO (4:31:4) foram determinados especificamente para o plantio inicial do eucalipto e isso resolve todos esses problemas citados, ao permitir que o adubo possa ser misturado diretamente com a terra da cova, sem qualquer tipo de prejuízo para o desenvolvimento da planta.

(2) O FH EUCALIPTO contém FOSFATO NATURAL REATIVO, com a garantia do fósforo solúvel em ácido cítrico a 2% rel.: 1:100, de acordo com a legislação de fertilizante vigente. O que se constitui por si só numa garantia de melhor desenvolvimento inicial do sistema radicular das plantas.
(3) Contém ainda, os micronutrientes (zinco e cobre) em equilíbrio na formulação do produto, pois foram selecionados de acordo com a necessidade da cultura, verificada experimentalmente no campo. A alta solubilidade destes, garante ainda um maior aproveitamento do NPK pelas raízes. 

Em suma, os avanços agro-químicos e a natureza física farelada do produto, que proporciona um maior contato com a superfície do solo , são fatores que nos levarão às florestas de melhor qualidade, com conseqüentes avanços nos índices de produtividade.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Plantio do Eucalipto no Campo

A maioria das espécies plantadas no Brasil apresenta um crescimento rápido. No entanto, a variação da produtividade de uma floresta pode variar de 25 m3 a 60 m3 por hectare/ano, em função de diversos fatores como relação espécie/clima, qualidade genética, fertilidade do solo, formação inicial da floresta, entre outros.

A formação inicial de uma floresta é um dos principais fatores que afetam a sua produtividade. Uma árvore bem formada consegue buscar nas camadas inferiores do solo, os nutrientes minerais que necessita para o seu pleno desenvolvimento. Por outro lado, uma árvore mal formada, acaba por exaurir as camadas mais superficiais do solo e a partir desse momento tem o seu crescimento comprometido.

Além disso, essa árvore poderia ainda, causar efeitos ambientais indesejáveis. Pois, ao se utilizar de águas superficiais para o seu metabolismo durante a fase de crescimento estaria afetando as pequenas nascentes. Enquanto que, ao contrário, uma árvore bem plantada teria um efeito inverso ao contribuir para a elevação do lençol freático e torná-lo ainda mais disponível para o uso humano.

As principais etapas para a formação de uma floresta de qualidade são apresentadas a seguir:

Preparação do Solo

(1) Tudo começa com uma boa roçada do terreno, se for o caso; (2) Definir o espaçamento (alinhamento das ruas e distância entre covas nas filas de plantio), através de picotagem dos locais de cada cova; (3) Capina química; (4) Nos locais de ocorrência de pragas, como samambaia, sapé ou barba de bode, coloque +/- 100 g de calcário dolomítico, fino e calcinado na picotagem, para que se proceda à correção da acidez na própria cova (15 dias antes do plantio), e se tenha um maior rendimento da adubação fosfatada, necessária para a boa formação do sistema radicular da planta.

Inicie a Guerra Contra as Formigas

(1) Localize os olheiros dos formigueiros e aplique um inseticida concentrado. (2) Utilize também, formicidas granulados para combate à saúva (iscas) e à quenquen (mini-iscas). (3) Essa guerra deve ser continuada ao longo do primeiro ano da formação da floresta, tomando-se cuidado para que as formigas não fiquem resistentes ao principio ativo do veneno (aplique, no mínimo 10 gramas para cada m2 do formigueiro). Mude a marca do produto periodicamente.

Espaçamento entre Mudas

O espaçamento entre mudas é fundamental para a lucratividade do negócio e deve ser definido em função da espécie do eucalipto e do uso que se pretenda dar à madeira. Em tese, um maior espaçamento significa um maior desenvolvimento da floresta. Mas que, nem sempre significa uma maior rentabilidade, pois espaçamentos maiores podem favorecer a competição de matos invasores, defeitos de árvores por “entortamento” ou até mesmo “quebra” de árvores por ação dos ventos.

O espaçamento mais utilizado é de 3m x 2m (1.666 mudas/ha), para eucaliptos de copa larga e de 2,5m x 1,80m (2.100 mudas/ha) para eucaliptos de copa estreita. Na prática, isso significa que o crescimento das árvores não terá limitações de crescimento devido ao espaçamento até mais ou menos 7 ou 8 anos de idade (o que atende a maioria das aplicações dos eucaliptos, como energia, mourões e pontaletes).

Covas

O tamanho ideal das covas, que permite um desenvolvimento adequado das árvores é de 30 cm (largura e profundidade). Após o “coroamento” (0,60 cm de raio), faça um número de covas tal, que permita o plantio seqüencial das mudas disponíveis próximas do local do plantio, de forma que estas não fiquem mais de uma semana na “espera”. O coveamento deve ser aterrado, de forma a impedir que o sol seque rapidamente a cova. É preciso que se tome muito cuidado com as dimensões das covas, pois covas pequenas deformam as raízes e comprometem a produtividade futura da árvore.

Cupinicida

O cupim se alimenta das raízes das mudas novas e chegam a causar a morte da planta. Se houver ocorrência de cupim na região de plantio, é recomendável aplicar uma colher de chá de um cupinicida no fundo das covas próximas ao cupim..

Plantio

O plantio manual deve ser feito através de “xuxos”, de tal forma que o furo na cova tenha uma profundidade de 2,0 cm superior ao comprimento do tubete (para cobrir o meristema apical da muda), com largura suficiente para alojar o sistema radicular, sem folgas e sem danificar as raízes. Não é recomendável compactar a muda no furo. Apenas, movimente ligeiramente a terra próxima ao furo para aumentar o contato entre as raízes e o solo. As mudas em tubetes devem ser conduzidas para o local de plantio, onde os tubetes serão retirados, com um leve toque na parte superior.

Adubação de Arranque

Após o plantio, deve ser aplicado de 100 a 140 gramas de NPK 6-30-6 em uma cova rasa e coberta, a +/- 25 cm do caule das mudas. A quantidade de adubo depende da qualidade do solo, verificada preferencialmente por análise química de alguns pontos do terreno. A adubação de arranque deve dispor dos micro-nutrientes (NPK 6:30:6 com Micro-Total).

Adubação de Cobertura (I)

A primeira adubação de cobertura, com 100 a 140 gramas de NPK 20-0-20, deve ser feita em uma “meia-lua” coberta, a +/- 30 cm do caule das mudas, entre o terceiro e o quarto mês após o plantio.

Adubação de Cobertura (II)

A segunda adubação de cobertura, com 100 a 140 gramas de NPK 20-0-20, também deve ser feita em uma “meia-lua” coberta, a +/- 30 cm do caule das mudas, entre o nono e o décimo mês após o plantio.

Coroamento das mudas

As coroas não podem ser muito pequenas, sob pena da muda ser prejudicada pela competição com o mato. Para um bom desenvolvimento, as mudas precisam de um coroamento permanente (60 a 75 cm de raio, dependendo da agressividade do mato invasor).

Manutenção da Floresta

Durante o primeiro ano de vida é preciso fazer a manutenção da floreta, mantendo a plantação sempre limpa, até que ela domine toda a área (fechamento das copas): (1) Guerra das Formigas; (2) Coroamento das mudas; (3) Capina Química das entrelinhas; (4) Corte de água, de forma a evitar a erosão do local e a lavagem do terreno.

Incêndios

Após o primeiro ano de vida, a maior preocupação com uma floresta de eucalipto é com a ocorrência de incêndios. Principalmente com as espécies de eucalipto com baixa taxa de rebrota. Assim, é recomendável manter os aceiros de divisa da propriedade sempre limpos e gradeados.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Lignotúber: o que é e para que serve nos eucaliptos...

Fonte: Celso Foelkel (Edição 28/junho 2010 - EUCALYPTUS – ONLINE BOOK & NEWSLETTER)

Lignotúbers ou lignotubérculos são estruturas desenvolvidas por algumas espécies de vegetais para se adaptarem e resistirem a condições adversas do ambiente onde vivem ou viveram no passado ao longo de seu desenvolvimento. Eles aparecem inicialmente nos indivíduos jovens como pequenos caroços ou protuberâncias próximas ao colo ou coleto das plantas. Isso porque se formam preferencialmente nas axilas dos cotilédones; portanto são encontrados especialmente nas plantas seminais (originadas de sementes). Existem evidências de que a capacidade de formação de lignotúbers não é restrita apenas à região cotiledonar, mas que eles podem também ocorrer em nódulos ligeiramente acima do nódulo cotiledonar em algumas plantas, inclusive nos eucaliptos. Por essa razão, brotações jovens, colhidas como estacas diretamente do lignotúber, podem também vir a desenvolver lignotúbers, quando propagadas vegetativamente por estaquia. Esse fenômeno acabou sendo denominado de "efeito de posição para a formação de lignotúber", tirando assim a exclusividade da formação de lignotúber apenas em plantas seminais. A própria indução de formação de lignotúbers tem sido realizada com sucesso por diversos pesquisadores. Entretanto, esses conhecimentos não têm sido ainda transformados em resultados práticos na propagação vegetativa dos eucaliptos.

A missão principal do lignotúber é oferecer ao vegetal a capacidade de se defender e sobreviver das intempéries do clima ou da ação antrópica e de predadores: déficit hídrico, geadas, fogo florestal, ataque de pragas, corte das árvores na silvicultura, derrubada das árvores por ventos fortes, etc.

A anatomia das células dessa estrutura indica que o lignotúber apresenta os mesmos tecidos que qualquer planta lenhosa: câmbio, floema, cerne, alburno, parênquimas e canais de goma. Portanto, anatomicamente o lignotúber não diferiria de outras partes do caule. Entretanto, as diferenças do lignotúber e do restante do caule são quantitativas: temos no lignotúber uma proporção muito maior de células parenquimatosas de reserva e uma grande concentração de gemas dormentes e protegidas de tecido meristemático. Isso sugere que o lignotúber tem dupla função: ser um órgão de reserva (dai a origem do nome lignotubérculo) e ter uma enorme capacidade de brotação de gemas, no caso de algum dano ao caule da planta. Quando a parte aérea da planta sofre algum dano grave, até mesmo sua remoção pela colheita da árvore, o lignotúber passa a ser vital para a sobrevivência do vegetal. As gemas dormentes, valendo-se das substâncias de reserva próximas, passam a se desenvolver rapidamente para substituir o caule danificado ou removido da planta. Portanto, plantas com lignotúber possuem alta capacidade de brotação e regeneração após a perda da sua parte aérea viva. Entretanto, plantas sem lignotúber também podem brotar, mas os cuidados com a fisiologia e recursos para favorecimento dessa brotação devem ser conhecidos e aplicados para maior chance de sucesso nesse tipo de propagação e manejo florestal.

Os lignotúbers são importantes órgãos regenerativos de alguns vegetais, não apenas para as condições naturais, como também devem ser conhecidos e utilizados para melhorar o manejo das plantas em condições de plantios comerciais. Dentre esses conhecimentos sugere-se que sejam observados fatores tais como: altura de corte da árvore na colheita, integridade da cepa, fatores de clima como insolação e calor e respeito à região do lignotúber.

Apesar dessa intensa capacidade regenerativa e de formação de brotos, não existem evidências de que o lignotúber se constitua em uma vantagem para maiores percentagens de formação de propágulos pela técnica da cultura de tecidos vegetais. A multiplicação vegetativa desse órgão em relação a outras partes normalmente usadas por essa técnica não tem mostrado vantagens evidentes para o lignotúber.

Os lignotúbers são freqüentes em espécies de eucaliptos, tanto no gênero Eucalyptus,como Corymbia. As espécies Eucalyptus urophylla, E.robusta, E.tereticornis, E.saligna; E. globulus, E.cinerea, E. obliqua e Corymbia citriodora em geral apresentam claramente o lignotúber em mudas jovens seminais. O mesmo ocorre para alguns híbridos, como o conhecido Eucalyptus urograndis. Algumas espécies podem não apresentar o lignotúber, pois essa formação tem origem genética. Há casos, por exemplo, onde E.grandisapresenta e outros onde não apresenta lignotúber (na maioria das situações). Quando a espécie não mostra lignotúber, a rebrota e condução das plantas devem ser mais cuidadosamente manejadas e gerenciadas. O corte das árvores deve ser mais criterioso em altura e também se deve evitar danificar a casca para garantir boa rebrota. Ou seja, a inexistência de lignotúber não indica incapacidade de brotação, apenas que maiores cuidados devem ser tomados na condução da brotação. Por outro lado, não é pela simples razão que a planta possui lignotúber que se possa negligenciar esses mesmos fatores de gestão silvicultural para melhor rebrota.

As espécies de eucaliptos que possuem lignotúbers tendem a ser mais tolerantes ao frio, seca e ao desfolhamento por geadas, lagartas predadoras, etc. Já espécies que não possuem lignotúbers compensam fisiologicamente essa deficiência pela muito maior produção de sementes na busca de preservação de seus genes, mais uma notável sabedoria da mãe Natureza.

Além da presença do lignotúber (que se traduz em uma virtude nas mudas), o produtor de mudas florestais deve prestar muita atenção no diâmetro das plantinhas na altura do coleto. Há fortes evidências que as mudas mais grossas nessa região são mais resistentes no campo e possuem assim maior percentagem de pegamento. Tais mudas apresentam inclusive maior capacidade de brotação, caso sejam danificadas mecanicamente ou vítimas de alguma praga que coma suas folhas e ramos aéreos, mas deixem intacto o lignotúber.

O lignotúber, que lembra um caroço ou galha de predador na muda jovem, vai perdendo gradualmente esse formato conforme as árvores da floresta plantada de eucalipto crescem em condições favoráveis de meio ambiente. Quando a planta atinge cerca de 4 a 5 metros de altura, praticamente já não se nota mais nenhum tipo de formação globosa ou de protuberância na região do colo da árvore, nas proximidades do solo. Entretanto, essa região mantém as suas características de lignotúber: reserva alimentícia e gemas em abundância. Na eventualidade de um dano à parte aérea dessa árvore, o lignotúber entra em ação lançando brotos para recuperar a árvore.

No caso da rebrota do lignotúber, muitos brotos tendem a surgir rápida e imediatamente, sem haver clara dominância apical de um deles. Caso a desbrota não seja eficientemente manejada e realizada com ciência após a colheita florestal, podemos ter inúmeros brotos finos e até mesmo tortuosos, conduzindo a um aspecto envassourado à planta. Os operadores da colheita e da silvicultura devem portanto conhecer muito bem e respeitar essa característica das plantas de alguns eucaliptos, para favorecer um manejo bem sucedido da brotação e da condução de novo povoamento a partir desses brotos.

As plantas adultas de eucaliptos não mostram portanto evidências morfológicas de seu lignotúber, a menos que sejam constantemente danificadas ou injuriadas por severos estresses consecutivos. Nesses casos, o lignotúber pode-se desenvolver em tubérculos desuniformes superficiais ou ligeiramente abaixo da superfície do solo, quando a planta vive em condições de extremas e severas condições para vegetação. Por exemplo, quando a floresta sofre inúmeros e sucessivos incêndios com morte freqüente da sua parte aérea.

Lignotúbers não são privilégios dos eucaliptos. Eles existem em diversos outros grupos taxonômicos de plantas. Em algumas situações de plantas que vivem em condições de extremo rigor, os lignotúbers transformam-se em estruturas até mais importantes que o próprio caule das árvores, dando um aspecto até mesmo surrealista à planta, pelo desenvolvimento de um enorme e disforme tubérculo semi-enterrado no solo. Esse não é definitivamente o caso dos eucaliptos nas condições de plantações comerciais, onde o lignotúber não exerce um papel mais relevante ao longo da rotação, exceto quando da colheita da árvore, quando suas gemas dormentes são ativadas e crescem como brotos.

Ao trocar idéias acerca do lignotúber com o grande "Amigos dos Eucaliptos", engenheiro florestal Teotônio Francisco de Assis, ele nos trouxe como sempre a sua sabedoria com as colocações técnicas que tomei a liberdade de reproduzir a vocês para encerrar essa seção:

"A maioria das espécies de eucaliptos têm lignotúber, mas apenas em algumas eles aparecem de forma mais evidente. Eles não são uma anormalidade e sim um mecanismo que as plantas de eucalipto e algumas outras espécies da família Myrtaceae desenvolveram para sobreviver após estresses como seca, geada, quebra do caule, ataque de insetos, doenças etc. É um artifício fisiológico das plantas para rebrotar profusamente. Não é um defeito e sim uma virtude."

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Produção de florestas com qualidade: Plantio em Gel Hidrorretentor

O gel é um polímero retentor de água que, incorporado ao solo ou substrato, absorve e retém grandes quantidades de água e de elementos fertilizantes, possuindo a capacidade de liberar facilmente a água e os nutrientes para as plantas em função dos ciclos absorção/liberação.

Mesmo com a seca do solo, o gel pode continuar hidratado por quase trinta dias, fornecendo a água necessária para o pegamento das mudas recém-plantadas, o que viabiliza o plantio do eucalipto de uma forma mais uniforme ao longo do ano. Tem ainda, a capacidade de realizar repetidas absorções e liberações de água ao longo de um período de cinco anos, com conseqüências favoráveis para o desenvolvimento da floresta e sua capacidade de rebrota.

Segundo os principais fornecedores do produto, o gel apresenta ainda, outras conseqüências positivas na formação da floresta, como:

- Aumenta o enraizamento
- Melhor aproveitamento do fertilizante
- Limita as perdas de água e de nutrientes por lixiviação
- Reduz a evaporação de água do solo
- Reduz mortalidade de replantas
- Melhora as propriedades físicas dos solos deixando-os mais arejados
- Favorece crescimento das plantas. A água e os nutrientes estão permanentemente
à disposição no sistema radicular otimizando assim a absorção pela planta
- Melhora a fixação do nitrogênio
- Diminui o estresse hídrico
- Evita o excesso de H2O na planta
- Aumenta a capacidade de catiônica (CTC )
- Melhora a aeração do solo

Veja mais em http://www.hydroplan-brasil.com/


terça-feira, 15 de junho de 2010

Produção de Florestas NOVAS técnicas que derrubam VELHOS mitos sobre o eucalipto

Em 1965 a produção de biomassa de madeira com florestas de eucalipto não passava de 10 metros cúbicos de madeira por hectare ao ano. Através de um notável salto tecnológico, nos últimos 40 anos essa produtividade cresceu cerca de 5 vezes, levando o Brasil a dispor da maior produtividade em todo o mundo. Mas isso não aconteceu por acaso.

No início da década de 70, a ocorrência de fungos que inviabilizava o uso comercial de alguns eucaliptos despertou a necessidade de um melhor desenvolvimento genético das espécies plantadas na época, visando a obtenção de árvores mais resistentes. Assim, começaram a surgir gerações mais avançadas de E. Grandis, E. Urophylla e E. Salígna, bem como a introdução de novas espécies de comprovada resistência, como o E. Camaldulensis. Surgiram também as espécies híbridas e os clones, por meio de técnicas que envolvem a seleção de plantas com melhor desempenho e seu intercruzamento ao longo de sucessivas gerações.

Os viveiros passaram a efetuar o controle químico de doenças na fase de produção de mudas, tornando-as resistentes aos fungos e bactérias de suas regiões de atuação. Outras práticas também foram sendo introduzidas, como a utilização de água pura e de substratos calcinados a 700o C, desinfecção de ferramentas de poda, de bandejas e de tubetes, técnicas avançadas de adubação foliar com ativação enzimática, bem como um controle adequado da irrigação.

No plantio do eucalipto no campo, passou-se a adotar um modelo de preparo do solo definido como subsolagem de mínimo impacto, que não provoca inversão das camadas superficiais do solo e o mantém protegido pelos resíduos vegetais da colheita (folhas, galhos, raízes e cascas).

Embora a legislação ambiental ainda seja um óbice, a adoção de práticas como o plantio de blocos de eucalipto entremeados com matas nativas, bem como os corredores ecológicos de eucalipto que ligam fragmentos de florestas nativas isoladas, reduzem sobremaneira os impactos sobre o meio ambiente. A presença das reservas nativas permite também maior proteção ao próprio eucalipto, pois elas garantem a conservação de vários inimigos naturais de pragas e doenças que ameaçam as florestas plantadas (http://www.aracruz.com.br/eucalipto/pt/eucalipto.html).

quarta-feira, 9 de junho de 2010

NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO: Uma Legislação com os pés no chão desse imenso Brasil

As mudanças propostas para um novo Código Florestal Brasileiro foram apresentadas ontem, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O texto do projeto de lei, elaborado pelo deputado e relator Aldo Rebelo (PCdoB/SP), pode ser entendido como uma espécie de ajustes da legislação vigente ao estágio atual do desenvolvimento tecnológico da silvicultura e do agronegócio. São mudanças que colocam o Código Florestal com os pés no chão e tornam a preservação ambiental cada mais possível de ser efetivamente buscada. Um desses exemplos é a opção que o produtor poderá dispor para cumprir a exigência de preservar uma área através de uma reserva florestal coletiva, ou seja, poderá desmatar a área que deveria ser preservada em sua propriedade, de acordo com o código florestal atual, e preservar esta área em uma das reservas coletivas atualmente mantidas pelos estados, união ou empresas privadas. Como se fosse um aluguel de reserva averbada daquela terra que ele está usando para produzir.

Sabemos de algumas leis brasileiras que não são cumpridas. Algumas, porque o cidadão não consegue entender para o que elas existem. Outras, porque apresentam um exagero tal que acabam desqualificando a sua própria aplicação. Por exemplo, um pequeno produtor que tenha uma propriedade nas margens de uma represa ou que é cortada por um rio, não entende porque o código atual determina que as margens dos cursos d’água sejam protegidas por uma mata ciliar entre 30 e 500 metros. Porque ele vê no seu dia-a-dia que não há necessidade de tanto, o que o deputado Aldo Rebelo também viu e assim propôs a redução consciente dessa mata ciliar para até cinco metros.

Outra proposta interessante do novo código é a de manter os percentuais de preservação de diversos biomas no País, porém, dando aos estados flexibilidades para decidir onde estarão estas áreas.

Como era de se esperar, parte da imprensa deu ênfase à proposta com uma certa pitada de critica destrutiva. Que a proposta “prevê aliviar compromissos ambientais dos grandes produtores” ou que ”não limita a monocultura do eucalipto responsável por desmatar milhares de hectares de mata atlântica no Espírito Santo, ocupar topos de morros em São Paulo, entre outros impactos gerados em Minas Gerais, Bahia e Sul do País”.

No entanto, essa imprensa não enumerou nenhum desses impactos, provavelmente porque alguns deles podem ser vistos como positivos: (1) o fato de que o setor de celulose há muito tempo não desmata florestas nativas, pois toda a madeira que utiliza é oriunda de reflorestamento de eucaliptos; (2) porque o setor siderúrgico também está bem próximo de atingir a mesma autosuficiência para a produção de carvão siderúrgico como redutor de ferro gusa e produção de aços especiais, em substituição ao carvão mineral das minas insalubres (altamente danosas à saúde do trabalhador) da região sul do País.

Provavelmente, a aprovação desse novo código pelo Congresso Nacional, poderá ser um marco mais significativo para a substituição das madeiras oriundas do desmatamento da Amazônia, pelas madeiras de reflorestamento. Pois não é razoável se falar em preservação da Floresta Amazônica enquanto não se dispor de outra fonte capaz de suprir os quase 200 milhões de m3 de madeira consumidos anualmente pela nossa indústria madeireira.


sábado, 15 de maio de 2010

UMA IMAGEM INCÔMODA

No Brasil, a extração de madeiras migra muito lentamente das florestas nativas para as áreas reflorestadas, o que nos confere uma imagem incômoda de grandes derrubadores de florestas. E não é para menos, pois segundo a FAO (2001), a área de florestas plantadas no Brasil (milhares de ha) é extremamente pequena se comparada com outros países:

Brasil

Japão

EUA

Russia

India

China

4.982

10.682

16.238

17.340

32.578

45.038