domingo, 11 de dezembro de 2011

FH EUCALIPTO: Um avanço na eucaliptocultura                                                             fonte: HERINGER

É resultado de pesquisas experimentais realizadas por empresas ligadas ao reflorestamento de eucalipto, consistindo assim num combinado de matérias-primas com teores ideais e mais adequados ao plantio dessa cultura na fase inicial do seu desenvolvimento. As características principais do produto são as seguintes:

 (1) Nos antigos plantios com enxadão, o tradicional NPK 6:30:6 era cuidadosamente depositado no fundo da cova de dimensões mínimas de 30x30x30 cm, pois não podia ter contato direto com as raízes das mudas nos primeiros dias de campo, sob riscos de “queimar” o sistema radicular dessas. Com o advento das motocoveadoras , cujo princípio de funcionamento torna inevitável a mistura do adubo com a terra, essa primeira adubação passou a ser feita em covetas laterais próximas às mudas, como uma operação adicional que afetava os custos do plantio. O que levou a um retrocesso das técnicas de plantio, pois muitos plantadores optaram por voltar ao “velho enxadão” com sua conhecida vulnerabilidade quanto ao controle de qualidade do coveamento. Os níveis de nitrogênio, fósforo e potássio do FH EUCALIPTO (4:31:4) foram determinados especificamente para o plantio inicial do eucalipto e isso resolve todos esses problemas citados, ao permitir que o adubo possa ser misturado diretamente com a terra da cova, sem qualquer tipo de prejuízo para o desenvolvimento da planta.

(2) O FH EUCALIPTO contém FOSFATO NATURAL REATIVO, com a garantia do fósforo solúvel em ácido cítrico a 2% rel.: 1:100, de acordo com a legislação de fertilizante vigente. O que se constitui por si só numa garantia de melhor desenvolvimento inicial do sistema radicular das plantas.
(3) Contém ainda, os micronutrientes (zinco e cobre) em equilíbrio na formulação do produto, pois foram selecionados de acordo com a necessidade da cultura, verificada experimentalmente no campo. A alta solubilidade destes, garante ainda um maior aproveitamento do NPK pelas raízes. 

Em suma, os avanços agro-químicos e a natureza física farelada do produto, que proporciona um maior contato com a superfície do solo , são fatores que nos levarão às florestas de melhor qualidade, com conseqüentes avanços nos índices de produtividade.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Plantio do Eucalipto no Campo

A maioria das espécies plantadas no Brasil apresenta um crescimento rápido. No entanto, a variação da produtividade de uma floresta pode variar de 25 m3 a 60 m3 por hectare/ano, em função de diversos fatores como relação espécie/clima, qualidade genética, fertilidade do solo, formação inicial da floresta, entre outros.

A formação inicial de uma floresta é um dos principais fatores que afetam a sua produtividade. Uma árvore bem formada consegue buscar nas camadas inferiores do solo, os nutrientes minerais que necessita para o seu pleno desenvolvimento. Por outro lado, uma árvore mal formada, acaba por exaurir as camadas mais superficiais do solo e a partir desse momento tem o seu crescimento comprometido.

Além disso, essa árvore poderia ainda, causar efeitos ambientais indesejáveis. Pois, ao se utilizar de águas superficiais para o seu metabolismo durante a fase de crescimento estaria afetando as pequenas nascentes. Enquanto que, ao contrário, uma árvore bem plantada teria um efeito inverso ao contribuir para a elevação do lençol freático e torná-lo ainda mais disponível para o uso humano.

As principais etapas para a formação de uma floresta de qualidade são apresentadas a seguir:

Preparação do Solo

(1) Tudo começa com uma boa roçada do terreno, se for o caso; (2) Definir o espaçamento (alinhamento das ruas e distância entre covas nas filas de plantio), através de picotagem dos locais de cada cova; (3) Capina química; (4) Nos locais de ocorrência de pragas, como samambaia, sapé ou barba de bode, coloque +/- 100 g de calcário dolomítico, fino e calcinado na picotagem, para que se proceda à correção da acidez na própria cova (15 dias antes do plantio), e se tenha um maior rendimento da adubação fosfatada, necessária para a boa formação do sistema radicular da planta.

Inicie a Guerra Contra as Formigas

(1) Localize os olheiros dos formigueiros e aplique um inseticida concentrado. (2) Utilize também, formicidas granulados para combate à saúva (iscas) e à quenquen (mini-iscas). (3) Essa guerra deve ser continuada ao longo do primeiro ano da formação da floresta, tomando-se cuidado para que as formigas não fiquem resistentes ao principio ativo do veneno (aplique, no mínimo 10 gramas para cada m2 do formigueiro). Mude a marca do produto periodicamente.

Espaçamento entre Mudas

O espaçamento entre mudas é fundamental para a lucratividade do negócio e deve ser definido em função da espécie do eucalipto e do uso que se pretenda dar à madeira. Em tese, um maior espaçamento significa um maior desenvolvimento da floresta. Mas que, nem sempre significa uma maior rentabilidade, pois espaçamentos maiores podem favorecer a competição de matos invasores, defeitos de árvores por “entortamento” ou até mesmo “quebra” de árvores por ação dos ventos.

O espaçamento mais utilizado é de 3m x 2m (1.666 mudas/ha), para eucaliptos de copa larga e de 2,5m x 1,80m (2.100 mudas/ha) para eucaliptos de copa estreita. Na prática, isso significa que o crescimento das árvores não terá limitações de crescimento devido ao espaçamento até mais ou menos 7 ou 8 anos de idade (o que atende a maioria das aplicações dos eucaliptos, como energia, mourões e pontaletes).

Covas

O tamanho ideal das covas, que permite um desenvolvimento adequado das árvores é de 30 cm (largura e profundidade). Após o “coroamento” (0,60 cm de raio), faça um número de covas tal, que permita o plantio seqüencial das mudas disponíveis próximas do local do plantio, de forma que estas não fiquem mais de uma semana na “espera”. O coveamento deve ser aterrado, de forma a impedir que o sol seque rapidamente a cova. É preciso que se tome muito cuidado com as dimensões das covas, pois covas pequenas deformam as raízes e comprometem a produtividade futura da árvore.

Cupinicida

O cupim se alimenta das raízes das mudas novas e chegam a causar a morte da planta. Se houver ocorrência de cupim na região de plantio, é recomendável aplicar uma colher de chá de um cupinicida no fundo das covas próximas ao cupim..

Plantio

O plantio manual deve ser feito através de “xuxos”, de tal forma que o furo na cova tenha uma profundidade de 2,0 cm superior ao comprimento do tubete (para cobrir o meristema apical da muda), com largura suficiente para alojar o sistema radicular, sem folgas e sem danificar as raízes. Não é recomendável compactar a muda no furo. Apenas, movimente ligeiramente a terra próxima ao furo para aumentar o contato entre as raízes e o solo. As mudas em tubetes devem ser conduzidas para o local de plantio, onde os tubetes serão retirados, com um leve toque na parte superior.

Adubação de Arranque

Após o plantio, deve ser aplicado de 100 a 140 gramas de NPK 6-30-6 em uma cova rasa e coberta, a +/- 25 cm do caule das mudas. A quantidade de adubo depende da qualidade do solo, verificada preferencialmente por análise química de alguns pontos do terreno. A adubação de arranque deve dispor dos micro-nutrientes (NPK 6:30:6 com Micro-Total).

Adubação de Cobertura (I)

A primeira adubação de cobertura, com 100 a 140 gramas de NPK 20-0-20, deve ser feita em uma “meia-lua” coberta, a +/- 30 cm do caule das mudas, entre o terceiro e o quarto mês após o plantio.

Adubação de Cobertura (II)

A segunda adubação de cobertura, com 100 a 140 gramas de NPK 20-0-20, também deve ser feita em uma “meia-lua” coberta, a +/- 30 cm do caule das mudas, entre o nono e o décimo mês após o plantio.

Coroamento das mudas

As coroas não podem ser muito pequenas, sob pena da muda ser prejudicada pela competição com o mato. Para um bom desenvolvimento, as mudas precisam de um coroamento permanente (60 a 75 cm de raio, dependendo da agressividade do mato invasor).

Manutenção da Floresta

Durante o primeiro ano de vida é preciso fazer a manutenção da floreta, mantendo a plantação sempre limpa, até que ela domine toda a área (fechamento das copas): (1) Guerra das Formigas; (2) Coroamento das mudas; (3) Capina Química das entrelinhas; (4) Corte de água, de forma a evitar a erosão do local e a lavagem do terreno.

Incêndios

Após o primeiro ano de vida, a maior preocupação com uma floresta de eucalipto é com a ocorrência de incêndios. Principalmente com as espécies de eucalipto com baixa taxa de rebrota. Assim, é recomendável manter os aceiros de divisa da propriedade sempre limpos e gradeados.