quinta-feira, 17 de junho de 2010

Produção de florestas com qualidade: Plantio em Gel Hidrorretentor

O gel é um polímero retentor de água que, incorporado ao solo ou substrato, absorve e retém grandes quantidades de água e de elementos fertilizantes, possuindo a capacidade de liberar facilmente a água e os nutrientes para as plantas em função dos ciclos absorção/liberação.

Mesmo com a seca do solo, o gel pode continuar hidratado por quase trinta dias, fornecendo a água necessária para o pegamento das mudas recém-plantadas, o que viabiliza o plantio do eucalipto de uma forma mais uniforme ao longo do ano. Tem ainda, a capacidade de realizar repetidas absorções e liberações de água ao longo de um período de cinco anos, com conseqüências favoráveis para o desenvolvimento da floresta e sua capacidade de rebrota.

Segundo os principais fornecedores do produto, o gel apresenta ainda, outras conseqüências positivas na formação da floresta, como:

- Aumenta o enraizamento
- Melhor aproveitamento do fertilizante
- Limita as perdas de água e de nutrientes por lixiviação
- Reduz a evaporação de água do solo
- Reduz mortalidade de replantas
- Melhora as propriedades físicas dos solos deixando-os mais arejados
- Favorece crescimento das plantas. A água e os nutrientes estão permanentemente
à disposição no sistema radicular otimizando assim a absorção pela planta
- Melhora a fixação do nitrogênio
- Diminui o estresse hídrico
- Evita o excesso de H2O na planta
- Aumenta a capacidade de catiônica (CTC )
- Melhora a aeração do solo

Veja mais em http://www.hydroplan-brasil.com/


terça-feira, 15 de junho de 2010

Produção de Florestas NOVAS técnicas que derrubam VELHOS mitos sobre o eucalipto

Em 1965 a produção de biomassa de madeira com florestas de eucalipto não passava de 10 metros cúbicos de madeira por hectare ao ano. Através de um notável salto tecnológico, nos últimos 40 anos essa produtividade cresceu cerca de 5 vezes, levando o Brasil a dispor da maior produtividade em todo o mundo. Mas isso não aconteceu por acaso.

No início da década de 70, a ocorrência de fungos que inviabilizava o uso comercial de alguns eucaliptos despertou a necessidade de um melhor desenvolvimento genético das espécies plantadas na época, visando a obtenção de árvores mais resistentes. Assim, começaram a surgir gerações mais avançadas de E. Grandis, E. Urophylla e E. Salígna, bem como a introdução de novas espécies de comprovada resistência, como o E. Camaldulensis. Surgiram também as espécies híbridas e os clones, por meio de técnicas que envolvem a seleção de plantas com melhor desempenho e seu intercruzamento ao longo de sucessivas gerações.

Os viveiros passaram a efetuar o controle químico de doenças na fase de produção de mudas, tornando-as resistentes aos fungos e bactérias de suas regiões de atuação. Outras práticas também foram sendo introduzidas, como a utilização de água pura e de substratos calcinados a 700o C, desinfecção de ferramentas de poda, de bandejas e de tubetes, técnicas avançadas de adubação foliar com ativação enzimática, bem como um controle adequado da irrigação.

No plantio do eucalipto no campo, passou-se a adotar um modelo de preparo do solo definido como subsolagem de mínimo impacto, que não provoca inversão das camadas superficiais do solo e o mantém protegido pelos resíduos vegetais da colheita (folhas, galhos, raízes e cascas).

Embora a legislação ambiental ainda seja um óbice, a adoção de práticas como o plantio de blocos de eucalipto entremeados com matas nativas, bem como os corredores ecológicos de eucalipto que ligam fragmentos de florestas nativas isoladas, reduzem sobremaneira os impactos sobre o meio ambiente. A presença das reservas nativas permite também maior proteção ao próprio eucalipto, pois elas garantem a conservação de vários inimigos naturais de pragas e doenças que ameaçam as florestas plantadas (http://www.aracruz.com.br/eucalipto/pt/eucalipto.html).

quarta-feira, 9 de junho de 2010

NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO: Uma Legislação com os pés no chão desse imenso Brasil

As mudanças propostas para um novo Código Florestal Brasileiro foram apresentadas ontem, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O texto do projeto de lei, elaborado pelo deputado e relator Aldo Rebelo (PCdoB/SP), pode ser entendido como uma espécie de ajustes da legislação vigente ao estágio atual do desenvolvimento tecnológico da silvicultura e do agronegócio. São mudanças que colocam o Código Florestal com os pés no chão e tornam a preservação ambiental cada mais possível de ser efetivamente buscada. Um desses exemplos é a opção que o produtor poderá dispor para cumprir a exigência de preservar uma área através de uma reserva florestal coletiva, ou seja, poderá desmatar a área que deveria ser preservada em sua propriedade, de acordo com o código florestal atual, e preservar esta área em uma das reservas coletivas atualmente mantidas pelos estados, união ou empresas privadas. Como se fosse um aluguel de reserva averbada daquela terra que ele está usando para produzir.

Sabemos de algumas leis brasileiras que não são cumpridas. Algumas, porque o cidadão não consegue entender para o que elas existem. Outras, porque apresentam um exagero tal que acabam desqualificando a sua própria aplicação. Por exemplo, um pequeno produtor que tenha uma propriedade nas margens de uma represa ou que é cortada por um rio, não entende porque o código atual determina que as margens dos cursos d’água sejam protegidas por uma mata ciliar entre 30 e 500 metros. Porque ele vê no seu dia-a-dia que não há necessidade de tanto, o que o deputado Aldo Rebelo também viu e assim propôs a redução consciente dessa mata ciliar para até cinco metros.

Outra proposta interessante do novo código é a de manter os percentuais de preservação de diversos biomas no País, porém, dando aos estados flexibilidades para decidir onde estarão estas áreas.

Como era de se esperar, parte da imprensa deu ênfase à proposta com uma certa pitada de critica destrutiva. Que a proposta “prevê aliviar compromissos ambientais dos grandes produtores” ou que ”não limita a monocultura do eucalipto responsável por desmatar milhares de hectares de mata atlântica no Espírito Santo, ocupar topos de morros em São Paulo, entre outros impactos gerados em Minas Gerais, Bahia e Sul do País”.

No entanto, essa imprensa não enumerou nenhum desses impactos, provavelmente porque alguns deles podem ser vistos como positivos: (1) o fato de que o setor de celulose há muito tempo não desmata florestas nativas, pois toda a madeira que utiliza é oriunda de reflorestamento de eucaliptos; (2) porque o setor siderúrgico também está bem próximo de atingir a mesma autosuficiência para a produção de carvão siderúrgico como redutor de ferro gusa e produção de aços especiais, em substituição ao carvão mineral das minas insalubres (altamente danosas à saúde do trabalhador) da região sul do País.

Provavelmente, a aprovação desse novo código pelo Congresso Nacional, poderá ser um marco mais significativo para a substituição das madeiras oriundas do desmatamento da Amazônia, pelas madeiras de reflorestamento. Pois não é razoável se falar em preservação da Floresta Amazônica enquanto não se dispor de outra fonte capaz de suprir os quase 200 milhões de m3 de madeira consumidos anualmente pela nossa indústria madeireira.