terça-feira, 15 de junho de 2010

Produção de Florestas NOVAS técnicas que derrubam VELHOS mitos sobre o eucalipto

Em 1965 a produção de biomassa de madeira com florestas de eucalipto não passava de 10 metros cúbicos de madeira por hectare ao ano. Através de um notável salto tecnológico, nos últimos 40 anos essa produtividade cresceu cerca de 5 vezes, levando o Brasil a dispor da maior produtividade em todo o mundo. Mas isso não aconteceu por acaso.

No início da década de 70, a ocorrência de fungos que inviabilizava o uso comercial de alguns eucaliptos despertou a necessidade de um melhor desenvolvimento genético das espécies plantadas na época, visando a obtenção de árvores mais resistentes. Assim, começaram a surgir gerações mais avançadas de E. Grandis, E. Urophylla e E. Salígna, bem como a introdução de novas espécies de comprovada resistência, como o E. Camaldulensis. Surgiram também as espécies híbridas e os clones, por meio de técnicas que envolvem a seleção de plantas com melhor desempenho e seu intercruzamento ao longo de sucessivas gerações.

Os viveiros passaram a efetuar o controle químico de doenças na fase de produção de mudas, tornando-as resistentes aos fungos e bactérias de suas regiões de atuação. Outras práticas também foram sendo introduzidas, como a utilização de água pura e de substratos calcinados a 700o C, desinfecção de ferramentas de poda, de bandejas e de tubetes, técnicas avançadas de adubação foliar com ativação enzimática, bem como um controle adequado da irrigação.

No plantio do eucalipto no campo, passou-se a adotar um modelo de preparo do solo definido como subsolagem de mínimo impacto, que não provoca inversão das camadas superficiais do solo e o mantém protegido pelos resíduos vegetais da colheita (folhas, galhos, raízes e cascas).

Embora a legislação ambiental ainda seja um óbice, a adoção de práticas como o plantio de blocos de eucalipto entremeados com matas nativas, bem como os corredores ecológicos de eucalipto que ligam fragmentos de florestas nativas isoladas, reduzem sobremaneira os impactos sobre o meio ambiente. A presença das reservas nativas permite também maior proteção ao próprio eucalipto, pois elas garantem a conservação de vários inimigos naturais de pragas e doenças que ameaçam as florestas plantadas (http://www.aracruz.com.br/eucalipto/pt/eucalipto.html).